Quantas vezes já ouvimos a reclamação de algum conhecido que já está aposentado, dizendo que contribuiu para o INSS durante toda a vida e agora que ele está "velho" está sendo roubado pela Previdência?
Pois bem, isso é mais comum do que se imagina. Assim, como uma casa precisa de um planejamento para que ela atenda às expectativas criadas em torno dela, a aposentadoria segue a mesma linha. Não há possibilidade de uma pessoa contribuir ao INSS com o valor correspondente a 1 salário mínimo durante toda a vida e ao final esperar receber R$ 3.000,00 de aposentadoria.
Este "projeto" de aposentadoria é o que chamamos de Planejamento Previdenciário.
Trata-se de de uma estimativa matemática, que aponta quanto uma pessoa precisa contribuir à previdência social para ao final da vida receber sua aposentadoria num montante razoável e estipulado previamente.
Ou ainda, num cálculo que determina, baseado no valor da contribuição, quanto a pessoa receberá no benefício programado.
Veja que tal cálculo faz uma estimativa para daqui 20 ou 30 anos, sem levar em consideração, obviamente, fatores de reajustes, inflação, ou mesmo alguma futura alteração nas regras previdenciárias. Mas se baseando nos índices existentes hoje, é perfeitamente possível se aproximar ao valor real que a pessoa receberá no futuro.
Há ainda um outro ponto digno de notoriedade, e que muita gente esquece de levar em consideração ao efetuar suas contribuições.
Hoje, o setor de fiscalização da Previdência Social é o mesmo da Receita Federal do Brasil, ou seja, os dois órgãos possuem as mesmas informações sobre cada contribuinte no país. O que nos leva a afirmar que se você é uma daquelas pessoas que acha que vai contribuir para o INSS sobre o teto para se aposentar com um valor mais alto, e declarar à RFB que sua renda mensal é só de R$ 2.000,00, você pode estar se causando um serio problema. Pois no cruzamento das informações feitas pela fiscalização dos dois entes você estaria em débito, sendo submetido às penalidades previstas em Lei.
Dessa forma, planejar seu futuro além de trazer os benefícios já sabidos no âmbito Previdenciário, pode também evitar futuros problemas no âmbito fiscal.
Documentos necessários para efetuar os cálculos de planejamento:
CNIS de Remuneração (retirado no INSS)
Demonstração da quantidade do tempo de contribuição e quanto tempo falta (CNIS)
Análise de PPP/SB40/Laudos períodos esses chamados de insalubridades, periculosidades e assim convertendo-os tempo comum/especial;
Informação descritiva de quanto gostaria de receber na aposentadoria, lembrando que limitado ao teto do INSS (R$ 4.663,75), ou de quanto gostaria de contribuir para a Previdência.
Obs: o Cálculo pode ser feito sobre duas bases, primeiro sobre quanto eu gostaria de contribuir para que se descubra quanto poderia receber no futuro. Ou sobre quanto eu gostaria de receber no futuro para que eu efetue as contribuições no montante correto.
